O mistério do reino do Reino de Deus
A maior parte do ensino de Jesus sobre o reino é dada sob a forma de parábolas. Mateus 13:1-52; Marcos 4:10-12 e Lucas 8:9-10 revelam como Jesus usou as parábolas para revelar o que havia sido ocultado – mas somente os que realmente desejaram aprender o verdadeiro sentido do reino. Seu uso de parábolas assegura que o reino permaneceria oculto àqueles que não O buscam diligentemente.
De modo especial, Jesus se refere ao “mistério”, ou ao “segredo” do reino. A palavra musterion significa “algo que foi previamente escondido, mas que agora foi revelado”.
A revelação particular que Jesus trouxe por meio das parábolas era a de que o reino viria primeiramente de forma espiritual antes de vir em sua manifestação final e completa no fim dos tempos.
Isto significa que somente entrarão no reino as pessoas que estão determinadas em compreender e receber a revelação de Jesus. Somente aquelas que já têm atitude mental aberta e responsiva irão entender as parábolas de Jesus sobre o reino. Muitos temas parecem estar presentes nas parábolas.
Crescimento assegurado
O crescimento ocorre em diversas parábolas do reino registradas em Mateus 13 – por exemplo, a do Semeador (vs. 1-23), do Joio (vs. 24-30) e a do Grão de Mostarda (vs. 31-32). Somente um tipo de “solo” dentre quatro pode ser produtivo, e produzir resultados impressionantes. Pode ser difícil de identificar a “boa semente” no reino, mas ela se mantém crescendo na colheita divina. Pode haver um pequeno começo, mas um crescimento maravilhoso se seguirá.
Grande oposição
Os espinhos na parábola do Semeador e o inimigo na parábola do Joio mostram que o reino é oposição em todos os aspectos.
Contudo, ainda que o crescimento aconteça, ele sempre é resistido.
Natureza oculta
A parábola da Levedura, ou Fermento (v. 33) revela que resultados extraordinários são alcançados por meio de métodos que não se percebem facilmente. Isso é exatamente o oposto do modo mundano de se pensar e agir.
Grande valor
As parábolas do Tesouro (v. 44) e a da Pérola de Grande Valor (vs. 45,46) revelam o incomparável valor do reino – ainda que seu valor não seja apreciado ou percebido por todos.
Mistura confusa
A Rede (vs. 47-52) e o Joio (vs. 24-30) revelam que o justo e o ímpio permanecem misturados no mundo até o fim dos tempos. Nenhum esforço deve ser feito para separá-los antes do fim, porque somente o rei pode agir como juiz. Somente a Ele está confiado o separar corretamente sem ferir o justo por engano.
Natureza internacional
A parábola da Vinha, em Mateus 21:33-46, implica em que o reino não é somente para os judeus, mas também para os povos e para outras nações.
Arrependimento e obediência
A parábola dos Dois Filhos, Mateus 21:28-32, demonstra a necessidade de arrependimento e obediência.
Até mesmo o cobrador de impostos e prostitutas entrarão no reino, antes dos líderes religiosos – se eles preencherem os requisitos de entrada e os líderes não.
Alertas veementes
As parábolas das Virgens, Mateus 25:1-13, e a parábola das Bodas, Mateus 22:1-14, são alertas veementes contra o ignorar, ou o descaso para com o chamado do reino. Veja bem: ainda que o alerta esteja colocado no futuro, o seu desafio é para o presente.