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Autoridades católicas afirmam que o uso de tais vacinas "não constitui em si uma legitimação, mesmo indireta, da prática do aborto"
Papa Francisco, o maior representante da Igreja Católica O Vaticano comunicou à comunidade católica que considera moralmente aceitável o uso de vacinas contra a Covid-19, mesmo que sua produção utilize linhagens celulares retiradas de tecidos de fetos que foram abortados. Para o Vaticano, o uso de tais vacinas “não constitui em si uma legitimação, mesmo indireta, da prática do aborto”.
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Uma nota emitida pela Congregação para a Doutrina da Fé, responsável pela doutrina da Igreja Católica, na última segunda-feira (21) afirmou que o uso de tais vacinas era permitido desde que não houvesse alternativas. No início deste mês, Andrea Arcangeli, chefe dos serviços de saúde do Vaticano, disse que começará a vacinar moradores e funcionários da cidade no começo de 2021.
De acordo com a Conferência de Bispos Católicos dos EUA (USCCB), as vacinas da Pfizer e da Moderna têm alguma conexão com linhas de células que se originaram em tecido de abortos no século passado.
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Segundo a revista Science, esse tipo de material é usado no desenvolvimento de vacinas há 60 anos. A nota do Vaticano disse que a concessão de legitimidade moral está relacionada ao princípio de “diferentes graus de responsabilidade da cooperação no mal”.
Na prática, o ato indica que, como a pandemia é um perigo tão grave, tais vacinas “podem ser usadas em sã consciência, com a certeza de que [isso] não constitui cooperação formal com o aborto do qual derivam as células usadas na produção das vacinas”.